[FC] Thalia Grace
2 participantes
Página 1 de 1
[FC] Thalia Grace
Sexo: Feminino.
Idade: Aproximadamente 16 anos devido à imortalidade e ao tempo que passou vivendo como o pinheiro responsável pela fronteira do Acampamento Meio Sangue.
Destreza: Destra
Características:
Positivas:
1. AGILIDADE (2 pontos)
2. REFLEXOS APRIMORADOS [-1 pontos]
Negativas
1. CÓDIGO DE HONRA [+1 ponto cada (x2)]
- Código da Gratidão: quando alguém salva sua vida (ou de um ente querido seu), você fica a serviço dessa pessoa, até conseguir devolver o favor (salvar sua vida).
- Código da Redenção: jamais atacar sem provocação, sempre aceitar um pedido de rendição, sempre poupar oponentes reduzidos a 0 Pontos de Vida.
2. Curioso [+1 ponto]
Qual seu/sua pai/mãe divino/a? Zeus
Quais as características físicas e de personalidade que lhe ligam a esta divindade? Possui finos cabelos negros e um tanto "amarrotados" por não ter grande interesse em mantê-los alinhados e olhos de um azul em uma tonalidade carregada de eletricidade. Também possuí uma personalidade forte, tanto no sentido positivo quanto negativo, se caracterizando pela teimosia, determinação, comportamentos extremamente protetores com aqueles que ama (como fez toda a sua vida passada com Luke, Annabeth, Grover e Jason) e, apesar da maneira de ser explosiva e ter um temperamento mais fechado, tende a ser mais sensível mesmo escondendo isso atrás de sua expressão dura como mármore e jeito calado de ser. Mantendo os traços anteriores, Thalia raramente desiste de nada quando coloca uma ideia em mente e jamais irá fugir de alguma briga, tendendo a ser mais agressiva, porém mantendo seu lado paciente com determinadas pessoas. Raramente guarda algum rancor e, mesmo quando se deparou com Luke confirmando sua traição, a emoção mais demonstrada foi de decepção com sua antiga paixão, o que pode ter levado a garota a aceitar a proposta de Ártemis para se tornar sua caçadora.
Por que você acha que de fato este/a deus/a é seu/sua pai/mãe divino/a? Pelo temperamento paciente, porém explosivo e personalidade forte, com um determinante traço de teimosia em suas atitudes e um grande destaque constante como líder, sempre pensando em um bem geral acima do seu.
História:
(PRIMEIRO ATO - A MORTE)
Já estava cansada de minha mãe sempre me negligenciando, mas quando se tratava de Jason a coisa era ainda pior. Ela havia deixado que ele morresse e tentado me impedir no carro de correr atrás do mesmo para protegê-lo, como havia feito durante toda a vida dele, não era a toa que ele me considerava mais sua mãe que ela. Naquela noite eu fugiria, havia decidido. Não sabia para onde iria exatamente, mas havia algo me dizendo dentro de minha mente - ou já estava em meus profundos devaneios - para fugir daquele local, que eu não pertencia à ela, pertencia a outra pessoa, outra realidade. Outra vida. Aguardei para que ela saísse para mais uma de suas festas da alta sociedade e celebridades da Califórnia e arrumei minha mochila apenas com o básico. Estava por sair pela janela de meu quarto quando reparei uma segunda mochila no chão, apoiada na janela e definitivamente não era minha, mas não havia mais tempo para esperar, tinha que sair antes que reparassem nos meus planos. Então, peguei a mesma em mãos e joguei sobre o ombro segurando a primeira em uma das mãos, passando a correr pegando distância da casa rapidamente virando de tempos em tempos para trás o rosto observando a casa desaparecendo no horizonte. Não sabia ao certo a distância percorrida, mas assim que senti minhas pernas aclamarem por um descanso, já estava em uma espécie de parque durante a noite e me sentei no chão, recostando-me no tronco de uma das árvores repousando as mochilas ao meu lado. Voltei o rosto na direção dos acessórios e a primeira que decidi abrir se tratava da desconhecida. Tomei-a em mãos apoiando sobre os joelhos analisando o símbolo de um raio cintilando na parte superior de couro como se tivesse sido marcada ali com ferro quente e abaixo os símbolos em grego antigo, que me chamaram mais atenção não pelo fato de serem em uma língua já morta, porém por eu ter conseguido ler. Sim, sofria de dislexia e isso atrapalhou e muito qualquer leitura que eu tentava realizar durante toda a minha existência, mas peculiarmente não incomodava meu cérebro ler esses símbolos que se tratavam das letras: AMS que se reagrupavam em minha mente de maneira a facilitar a compreensão.
Abri a mochila e dentro tinham apenas dois itens, uma lata de tinta em spray, semelhante aos que os garotos da escola usavam para pichar os muros, metálica. Coloquei a mesma ao meu lado e retirei o segundo item da mesma: uma corrente para os pulsos, semelhantes a uma pulseira. Porém, com a notável diferença que essa eu usaria. Recoloquei dentro da mochila tudo e quando estava fechando, uma voz me deixou alarmada ao chamar por mim. - Menina? Está perdida? - Ela indagou e eu joguei as mochilas no ombro já começando a notar que a noite já havia caído a um certo tempo. Das sombras dos troncos, surgiu um garoto loiro de olhos azuis, poucos centímetros mais alto que eu e com uma expressão que podia ser facilmente passado por um elfo, além de um sorriso carismático de quem havia acabado de surrupiar sua carteira. O analisei pegando a segunda mochila do chão e arqueando uma das sobrancelhas, conforme erguia o queixo e falava em resposta tentando intimidar qualquer ideia que o mesmo tivesse com relação a mim. - E eu lá tenho cara de perdida, garoto?! E você? Também não vejo ninguém por perto! - Ele ergueu as mãos em um meio sorriso com sinal de rendição, conforme se aproximava de mim. Os cabelos curtos e negros contornavam meu rosto como navalhas enquanto eu o encarava de maneira fixa e atenta, mesmo que não tivesse aparentemente nenhuma arma comigo, as mochilas ainda eram pesadas o suficiente para lhe acertar em cheio na face. Então, o inimaginável aconteceu, ele parou diante de mim mantendo aquele sorriso ridículo no rosto e me estendeu a mão. - Prazer, Luke Castellan. - Estudei o garoto por alguns instantes e decidi lhe dar o benefício da dúvida lhe estendendo a mão livre, falando em seguida. - Thalia. Só... Thalia! - Ele arqueou uma das sobrancelhas e fiz questão de sustentar o olhar no dele repetindo de maneira mais pausada. - Apenas. Thalia. - Ele entendeu que não conseguiria arrancar meu sobrenome e nem eu mesma fazia questão de utilizá-lo, nunca me considerei mesmo filha de minha mãe, apenas era minha progenitora, mas ela não tinha dom algum para a maternidade ou para desviar o foco de sua atenção de qualquer um que não fosse ela mesma.
Após minutos de conversa, descobri que assim como eu ele havia fugido de casa, que desconhecia seu pai e que estava a procura de algum lugar chamado Acampamento Meio Sangue. Decidi lhe mostrar a minha mochila com a escritura em grego antigo e de cara ele reconheceu, também quem era meu aparente progenitor divino. Arqueei a sobrancelha o encarando por alguns instantes em uma expressão perplexa e levantei-me, elevando agora ambas falando em um tom conclusivo. - Garoto... Luke! Você é completamente perturbado, alguém já lhe disse isso?! - Mais um dos seus sorrisos e ele deu um salto ficando de pé e me abraçando pelos ombros. - Oras, vai ser uma aventura. Ou está com medo, Thalia? Porque posso compreender se estiver. - Era isso, aquele garoto havia me tirado do sério com apenas três frases. Tirei sua mão de mim e o fuzilei com o olhar causando dois passos de recuo dele falando entre dentes. - Não tenho medo! - Ele riu entre dentes e começamos a nossa caminhada em busca do dito acampamento que ele tanto falava, um lugar para pessoas como nós, ele dizia. Pessoas malucas só se for!
Conforme caminhávamos, contei-lhe minha história, a história de como Jason havia sido supostamente morto, mesmo eu nunca tendo acreditado nas palavras de minha mãe. De como havia fugido, dos constantes monstros atrás de mim. E, quando nos demos por conta, já havíamos passado por diversas cidades entre trens, ônibus, graças à habilidade de Luke de furtar objetos, dinheiro e comida e, conforme passávamos as noites escondidos dos monstros sempre em nosso encalço, adquirimos o hábito de criarmos esconderijos para nossa pousada. Já estava começando a me afeiçoar ao mesmo, quando passamos diante de um beco escuro e algo nos chamou atenção: uma lata de lixo metálica havia perdido uma de suas tampas e uma sombra parecia se mover escondida. Arqueei uma das sobrancelhas exageradamente trocando um olhar com Luke que pediu para esperar por ele, enquanto o mesmo ia averiguar do que se tratava. Rolei os olhos em resposta e o segui, uma coisa havia aprendido sobre o mesmo: ele era tão machista quanto eu teimosa. Porém, para a surpresa de ambos, assim que ele se aproximou uma menina magricela, com cabelos loiros emaranhados e olhos cinzentos hiperativos e atentos saltou de trás da lata com um martelo o derrubando com uma destreza incomum para uma menina do seu tamanho. Admito que parte de mim riu com a cena de Luke tentando segurá-la, mas optei por ajudá-lo. Aproximei-me da menina apoiando as mãos sobre os joelhos e dando um pequeno sorriso, ela me lembrava alguém que eu havia cuidado e protegido durante toda a minha vida: meu irmão caçula supostamente falecido. Teria o destino me dado uma segunda chance por não tê-lo protegido o suficiente, para que dessa vez eu não falhasse?! Em um tom carinhoso, quando Luke conseguiu segurá-la, peguei-a pela mão a tirando de cima dele e indagando. - Como é seu nome? O meu é Thalia e o dele é Luke. - Ajeitando uma mecha de cabelo que lhe caía em frente ao rosto, a menina respondeu ainda ofegante pelo ataque. - Annabeth Chase. - Após o esclarecido, descobrimos que assim como nós a menina era semideusa, sofria constantes ataques de monstros e que também havia fugido de casa. Prometemos a ela que ela iria em segurança para o acampamento, após Luke lhe explicar sobre o local e o garoto a analisou por alguns instantes. Sabíamos que a menina era habilidosa, mas nunca conseguiria matar monstros com um martelo mortal, então lhe perguntou. - Você é uma menina inteligente? Porque eu tenho uma arma aqui para matar monstros, mas precisa ser muito esperto para usá-la. - Um sorriso infantil se alargou na face da menina assentindo e repetindo sem hesitar. - Eu sou esperta. - Ele sorriu e lhe entregou uma faca de bronze para que a mesma tivesse com o que se defender e, assim, continuamos nossa trajetória até o acampamento.
Durante nosso trajeto, encontramos um sátiro que fora enviado para nos auxiliar a encontrar o caminho, porém o mesmo era inexperiente e não era muito mais adulto que nenhum de nós, especialmente no que se tratava da coragem. Quando fomos capturados por ciclopes, com sorte, contamos com a inteligência de Annabeth para escaparmos, porém a diferença de tamanho entre nós quatro e os mesmos era impossível de ignorar, a cada 10 passos nossos equivalia a duas passadas dos mesmos e eles se aproximavam. Porém, estávamos próximos já da entrada, mesmo estando cansados de tanto lutar. Olhei para trás conforme corríamos por entre as árvores e observei os monstros se aproximando, mandados por Hera atrás de mim e vi que não teria outra maneira, só teríamos chance se algo atrasasse os mesmos. Mandei que Luke e Grover levassem Annabeth para dentro do acampamento que eu os alcançaria em breve e fiz o inesperado, mas nossa única saída: corri na direção dos ciclopes. Minha agilidade ao golpeá-los com uma faca de caça que Luke havia conseguido para mim era grande, mas não o suficiente para me livrar de todos os golpes dos mesmos e acabei sendo arremessada de metros de altura longe. Assim que meu corpo se chocou em um baque sobre o chão, os olhos azuis elétricos se arregalaram em um único movimento e senti que meu corpo ia perdendo as forças aos poucos, como quem lentamente se afoga em uma piscina e vai descendo até o fundo. A respiração ia ficando mais fraca e ao longe eu podia ouvir os berros de desespero de Annie, mas estava em paz que havia feito o que havia prometido para a mesma na primeira vez que nos vimos: que a levaria em segurança para o acampamento. Agora eu só contava com Luke e Grover para manter a minha promessa.
(SEGUNDO ATO - A VOLTA À VIDA)
Anos se passaram, eu já tinha perdido a consciência e qualquer esperança de retornar à vida, mas parte de mim ainda estava ali, uma voz ao longe me dizendo para continuar resistindo enquanto a minha quase-morte presenteou a todos os semideuses gregos do acampamento uma fronteira impenetrável para impedir que qualquer outra prole divina morresse da mesma maneira antes de conseguir adentrar em segurança. Foi quando o inacreditável aconteceu. Não sei ao certo como nem o motivo, mas meus olhos se abriram novamente da terra, por entre as raízes do pinheiro, enquanto algumas pessoas davam breves gritos reprimidos e a maioria olhava com um certo espanto. Uma adolescente loira, com olhos cinzentos estranhamente familiares e cabelos emaranhados em um encaracolado caindo ao rosto ajudou que eu me levantasse junto de um outro rapaz cuja aparência eu não consegui prestar atenção, mas ele me perguntava insistindo em saber quem eu era. Ainda zonza pelo período inconsciente, pisquei algumas vezes de maneira confusa e murmurei com a voz engasgada na garganta. - Sou Thalia, filha de Zeus. - Os olhos de todos pareceram arregalar-se ainda mais, mas fui levada para uma casa de quatro andares no centro do acampamento para que eu fosse situada no tempo-espaço, acompanhada da garota e de um centauro.
[...]
Mal podia acreditar no que eu via, era Annabeth. E como estava mudada, praticamente uma mulher. As expressões infantis deram lugar a um rosto de linhas retas e severas, como as minhas, o que doía em parte em mim, mas estava feliz apenas com o fato da mesma estar viva ali, na minha frente. Porém, nem todas as novidades eram boas, Luke havia se tornado o traidor do acampamento. Não conseguia acreditar naquele fato, recusava-me e teria que ouvir do mesmo para alguma coisa mudar. Annabeth e eu éramos as únicas que de fato conhecíamos Luke e ele era revoltado o quanto fosse, mas nunca chegaria a tanto, ao contrário do que todos ali acreditavam. Com o passar do tempo no acampamento, acabei conhecendo mais pessoas como Percy que havia se tornado extremamente próximo a Annie - o que deixava-me com os dois olhos em cima do rapaz o tempo todo - e Quíron que cuidava de todos ali como um verdadeiro pai, treinando-nos e nos aconselhando em qualquer situação.
Idade: Aproximadamente 16 anos devido à imortalidade e ao tempo que passou vivendo como o pinheiro responsável pela fronteira do Acampamento Meio Sangue.
Destreza: Destra
Características:
Positivas:
1. AGILIDADE (2 pontos)
2. REFLEXOS APRIMORADOS [-1 pontos]
Negativas
1. CÓDIGO DE HONRA [+1 ponto cada (x2)]
- Código da Gratidão: quando alguém salva sua vida (ou de um ente querido seu), você fica a serviço dessa pessoa, até conseguir devolver o favor (salvar sua vida).
- Código da Redenção: jamais atacar sem provocação, sempre aceitar um pedido de rendição, sempre poupar oponentes reduzidos a 0 Pontos de Vida.
2. Curioso [+1 ponto]
Qual seu/sua pai/mãe divino/a? Zeus
Quais as características físicas e de personalidade que lhe ligam a esta divindade? Possui finos cabelos negros e um tanto "amarrotados" por não ter grande interesse em mantê-los alinhados e olhos de um azul em uma tonalidade carregada de eletricidade. Também possuí uma personalidade forte, tanto no sentido positivo quanto negativo, se caracterizando pela teimosia, determinação, comportamentos extremamente protetores com aqueles que ama (como fez toda a sua vida passada com Luke, Annabeth, Grover e Jason) e, apesar da maneira de ser explosiva e ter um temperamento mais fechado, tende a ser mais sensível mesmo escondendo isso atrás de sua expressão dura como mármore e jeito calado de ser. Mantendo os traços anteriores, Thalia raramente desiste de nada quando coloca uma ideia em mente e jamais irá fugir de alguma briga, tendendo a ser mais agressiva, porém mantendo seu lado paciente com determinadas pessoas. Raramente guarda algum rancor e, mesmo quando se deparou com Luke confirmando sua traição, a emoção mais demonstrada foi de decepção com sua antiga paixão, o que pode ter levado a garota a aceitar a proposta de Ártemis para se tornar sua caçadora.
Por que você acha que de fato este/a deus/a é seu/sua pai/mãe divino/a? Pelo temperamento paciente, porém explosivo e personalidade forte, com um determinante traço de teimosia em suas atitudes e um grande destaque constante como líder, sempre pensando em um bem geral acima do seu.
História:
(PRIMEIRO ATO - A MORTE)
Já estava cansada de minha mãe sempre me negligenciando, mas quando se tratava de Jason a coisa era ainda pior. Ela havia deixado que ele morresse e tentado me impedir no carro de correr atrás do mesmo para protegê-lo, como havia feito durante toda a vida dele, não era a toa que ele me considerava mais sua mãe que ela. Naquela noite eu fugiria, havia decidido. Não sabia para onde iria exatamente, mas havia algo me dizendo dentro de minha mente - ou já estava em meus profundos devaneios - para fugir daquele local, que eu não pertencia à ela, pertencia a outra pessoa, outra realidade. Outra vida. Aguardei para que ela saísse para mais uma de suas festas da alta sociedade e celebridades da Califórnia e arrumei minha mochila apenas com o básico. Estava por sair pela janela de meu quarto quando reparei uma segunda mochila no chão, apoiada na janela e definitivamente não era minha, mas não havia mais tempo para esperar, tinha que sair antes que reparassem nos meus planos. Então, peguei a mesma em mãos e joguei sobre o ombro segurando a primeira em uma das mãos, passando a correr pegando distância da casa rapidamente virando de tempos em tempos para trás o rosto observando a casa desaparecendo no horizonte. Não sabia ao certo a distância percorrida, mas assim que senti minhas pernas aclamarem por um descanso, já estava em uma espécie de parque durante a noite e me sentei no chão, recostando-me no tronco de uma das árvores repousando as mochilas ao meu lado. Voltei o rosto na direção dos acessórios e a primeira que decidi abrir se tratava da desconhecida. Tomei-a em mãos apoiando sobre os joelhos analisando o símbolo de um raio cintilando na parte superior de couro como se tivesse sido marcada ali com ferro quente e abaixo os símbolos em grego antigo, que me chamaram mais atenção não pelo fato de serem em uma língua já morta, porém por eu ter conseguido ler. Sim, sofria de dislexia e isso atrapalhou e muito qualquer leitura que eu tentava realizar durante toda a minha existência, mas peculiarmente não incomodava meu cérebro ler esses símbolos que se tratavam das letras: AMS que se reagrupavam em minha mente de maneira a facilitar a compreensão.
Abri a mochila e dentro tinham apenas dois itens, uma lata de tinta em spray, semelhante aos que os garotos da escola usavam para pichar os muros, metálica. Coloquei a mesma ao meu lado e retirei o segundo item da mesma: uma corrente para os pulsos, semelhantes a uma pulseira. Porém, com a notável diferença que essa eu usaria. Recoloquei dentro da mochila tudo e quando estava fechando, uma voz me deixou alarmada ao chamar por mim. - Menina? Está perdida? - Ela indagou e eu joguei as mochilas no ombro já começando a notar que a noite já havia caído a um certo tempo. Das sombras dos troncos, surgiu um garoto loiro de olhos azuis, poucos centímetros mais alto que eu e com uma expressão que podia ser facilmente passado por um elfo, além de um sorriso carismático de quem havia acabado de surrupiar sua carteira. O analisei pegando a segunda mochila do chão e arqueando uma das sobrancelhas, conforme erguia o queixo e falava em resposta tentando intimidar qualquer ideia que o mesmo tivesse com relação a mim. - E eu lá tenho cara de perdida, garoto?! E você? Também não vejo ninguém por perto! - Ele ergueu as mãos em um meio sorriso com sinal de rendição, conforme se aproximava de mim. Os cabelos curtos e negros contornavam meu rosto como navalhas enquanto eu o encarava de maneira fixa e atenta, mesmo que não tivesse aparentemente nenhuma arma comigo, as mochilas ainda eram pesadas o suficiente para lhe acertar em cheio na face. Então, o inimaginável aconteceu, ele parou diante de mim mantendo aquele sorriso ridículo no rosto e me estendeu a mão. - Prazer, Luke Castellan. - Estudei o garoto por alguns instantes e decidi lhe dar o benefício da dúvida lhe estendendo a mão livre, falando em seguida. - Thalia. Só... Thalia! - Ele arqueou uma das sobrancelhas e fiz questão de sustentar o olhar no dele repetindo de maneira mais pausada. - Apenas. Thalia. - Ele entendeu que não conseguiria arrancar meu sobrenome e nem eu mesma fazia questão de utilizá-lo, nunca me considerei mesmo filha de minha mãe, apenas era minha progenitora, mas ela não tinha dom algum para a maternidade ou para desviar o foco de sua atenção de qualquer um que não fosse ela mesma.
Após minutos de conversa, descobri que assim como eu ele havia fugido de casa, que desconhecia seu pai e que estava a procura de algum lugar chamado Acampamento Meio Sangue. Decidi lhe mostrar a minha mochila com a escritura em grego antigo e de cara ele reconheceu, também quem era meu aparente progenitor divino. Arqueei a sobrancelha o encarando por alguns instantes em uma expressão perplexa e levantei-me, elevando agora ambas falando em um tom conclusivo. - Garoto... Luke! Você é completamente perturbado, alguém já lhe disse isso?! - Mais um dos seus sorrisos e ele deu um salto ficando de pé e me abraçando pelos ombros. - Oras, vai ser uma aventura. Ou está com medo, Thalia? Porque posso compreender se estiver. - Era isso, aquele garoto havia me tirado do sério com apenas três frases. Tirei sua mão de mim e o fuzilei com o olhar causando dois passos de recuo dele falando entre dentes. - Não tenho medo! - Ele riu entre dentes e começamos a nossa caminhada em busca do dito acampamento que ele tanto falava, um lugar para pessoas como nós, ele dizia. Pessoas malucas só se for!
Conforme caminhávamos, contei-lhe minha história, a história de como Jason havia sido supostamente morto, mesmo eu nunca tendo acreditado nas palavras de minha mãe. De como havia fugido, dos constantes monstros atrás de mim. E, quando nos demos por conta, já havíamos passado por diversas cidades entre trens, ônibus, graças à habilidade de Luke de furtar objetos, dinheiro e comida e, conforme passávamos as noites escondidos dos monstros sempre em nosso encalço, adquirimos o hábito de criarmos esconderijos para nossa pousada. Já estava começando a me afeiçoar ao mesmo, quando passamos diante de um beco escuro e algo nos chamou atenção: uma lata de lixo metálica havia perdido uma de suas tampas e uma sombra parecia se mover escondida. Arqueei uma das sobrancelhas exageradamente trocando um olhar com Luke que pediu para esperar por ele, enquanto o mesmo ia averiguar do que se tratava. Rolei os olhos em resposta e o segui, uma coisa havia aprendido sobre o mesmo: ele era tão machista quanto eu teimosa. Porém, para a surpresa de ambos, assim que ele se aproximou uma menina magricela, com cabelos loiros emaranhados e olhos cinzentos hiperativos e atentos saltou de trás da lata com um martelo o derrubando com uma destreza incomum para uma menina do seu tamanho. Admito que parte de mim riu com a cena de Luke tentando segurá-la, mas optei por ajudá-lo. Aproximei-me da menina apoiando as mãos sobre os joelhos e dando um pequeno sorriso, ela me lembrava alguém que eu havia cuidado e protegido durante toda a minha vida: meu irmão caçula supostamente falecido. Teria o destino me dado uma segunda chance por não tê-lo protegido o suficiente, para que dessa vez eu não falhasse?! Em um tom carinhoso, quando Luke conseguiu segurá-la, peguei-a pela mão a tirando de cima dele e indagando. - Como é seu nome? O meu é Thalia e o dele é Luke. - Ajeitando uma mecha de cabelo que lhe caía em frente ao rosto, a menina respondeu ainda ofegante pelo ataque. - Annabeth Chase. - Após o esclarecido, descobrimos que assim como nós a menina era semideusa, sofria constantes ataques de monstros e que também havia fugido de casa. Prometemos a ela que ela iria em segurança para o acampamento, após Luke lhe explicar sobre o local e o garoto a analisou por alguns instantes. Sabíamos que a menina era habilidosa, mas nunca conseguiria matar monstros com um martelo mortal, então lhe perguntou. - Você é uma menina inteligente? Porque eu tenho uma arma aqui para matar monstros, mas precisa ser muito esperto para usá-la. - Um sorriso infantil se alargou na face da menina assentindo e repetindo sem hesitar. - Eu sou esperta. - Ele sorriu e lhe entregou uma faca de bronze para que a mesma tivesse com o que se defender e, assim, continuamos nossa trajetória até o acampamento.
Durante nosso trajeto, encontramos um sátiro que fora enviado para nos auxiliar a encontrar o caminho, porém o mesmo era inexperiente e não era muito mais adulto que nenhum de nós, especialmente no que se tratava da coragem. Quando fomos capturados por ciclopes, com sorte, contamos com a inteligência de Annabeth para escaparmos, porém a diferença de tamanho entre nós quatro e os mesmos era impossível de ignorar, a cada 10 passos nossos equivalia a duas passadas dos mesmos e eles se aproximavam. Porém, estávamos próximos já da entrada, mesmo estando cansados de tanto lutar. Olhei para trás conforme corríamos por entre as árvores e observei os monstros se aproximando, mandados por Hera atrás de mim e vi que não teria outra maneira, só teríamos chance se algo atrasasse os mesmos. Mandei que Luke e Grover levassem Annabeth para dentro do acampamento que eu os alcançaria em breve e fiz o inesperado, mas nossa única saída: corri na direção dos ciclopes. Minha agilidade ao golpeá-los com uma faca de caça que Luke havia conseguido para mim era grande, mas não o suficiente para me livrar de todos os golpes dos mesmos e acabei sendo arremessada de metros de altura longe. Assim que meu corpo se chocou em um baque sobre o chão, os olhos azuis elétricos se arregalaram em um único movimento e senti que meu corpo ia perdendo as forças aos poucos, como quem lentamente se afoga em uma piscina e vai descendo até o fundo. A respiração ia ficando mais fraca e ao longe eu podia ouvir os berros de desespero de Annie, mas estava em paz que havia feito o que havia prometido para a mesma na primeira vez que nos vimos: que a levaria em segurança para o acampamento. Agora eu só contava com Luke e Grover para manter a minha promessa.
(SEGUNDO ATO - A VOLTA À VIDA)
Anos se passaram, eu já tinha perdido a consciência e qualquer esperança de retornar à vida, mas parte de mim ainda estava ali, uma voz ao longe me dizendo para continuar resistindo enquanto a minha quase-morte presenteou a todos os semideuses gregos do acampamento uma fronteira impenetrável para impedir que qualquer outra prole divina morresse da mesma maneira antes de conseguir adentrar em segurança. Foi quando o inacreditável aconteceu. Não sei ao certo como nem o motivo, mas meus olhos se abriram novamente da terra, por entre as raízes do pinheiro, enquanto algumas pessoas davam breves gritos reprimidos e a maioria olhava com um certo espanto. Uma adolescente loira, com olhos cinzentos estranhamente familiares e cabelos emaranhados em um encaracolado caindo ao rosto ajudou que eu me levantasse junto de um outro rapaz cuja aparência eu não consegui prestar atenção, mas ele me perguntava insistindo em saber quem eu era. Ainda zonza pelo período inconsciente, pisquei algumas vezes de maneira confusa e murmurei com a voz engasgada na garganta. - Sou Thalia, filha de Zeus. - Os olhos de todos pareceram arregalar-se ainda mais, mas fui levada para uma casa de quatro andares no centro do acampamento para que eu fosse situada no tempo-espaço, acompanhada da garota e de um centauro.
[...]
Mal podia acreditar no que eu via, era Annabeth. E como estava mudada, praticamente uma mulher. As expressões infantis deram lugar a um rosto de linhas retas e severas, como as minhas, o que doía em parte em mim, mas estava feliz apenas com o fato da mesma estar viva ali, na minha frente. Porém, nem todas as novidades eram boas, Luke havia se tornado o traidor do acampamento. Não conseguia acreditar naquele fato, recusava-me e teria que ouvir do mesmo para alguma coisa mudar. Annabeth e eu éramos as únicas que de fato conhecíamos Luke e ele era revoltado o quanto fosse, mas nunca chegaria a tanto, ao contrário do que todos ali acreditavam. Com o passar do tempo no acampamento, acabei conhecendo mais pessoas como Percy que havia se tornado extremamente próximo a Annie - o que deixava-me com os dois olhos em cima do rapaz o tempo todo - e Quíron que cuidava de todos ali como um verdadeiro pai, treinando-nos e nos aconselhando em qualquer situação.
Thalia Grace- Mensagens : 8
Ficha de Personagem
Filiação/Grupo:
Nível: 1
Inventário:
Re: [FC] Thalia Grace
Sua ficha ficou MUITO boa. Seja bem vinda, prole de Zeus. Creio que não precisará de teste a não ser que queira...
Quione- Mensagens : 125
Ficha de Personagem
Filiação/Grupo: Bóreas
Nível:
Inventário:
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos