Gentileza - Missão para Megan

Relembrando a primeira mensagem :

Acorde. Acorde, Megan. Uma voz irrompeu nos sonhos da filha de Zeus. Espera. Não vinha dos seus sonhos e, sim, do seu banheiro. A moça levantou-se num pulo e correu até o local de onde a voz se reproduzia. Mensagem de Íris.

- Me ajude! – ao aproximar-se do mesmo pôde notar que a voz tinha um tom afeminado. – Estou com medo, preciso de sua ajuda.

- Olhem, ela está falando com alguém! Corram! – uma voz masculina pronunciou-se, vindo de trás da garota.

- Rápido! Venha me ajudar. Estou exatamente no lugar em que... – a voz parou.

As informações foram totalmente cortadas, mas algo mágico pareceu surgir naquela pia. Um pequeno papel repousara por de cima do pouco de água que ainda jorrava.


O recado fora dado, a mata era o seu destino.

Informações:

Eu esperei que minha vida passasse diante de meus olhos, mas não passou. Pênia estava fazendo aquilo porque? Meu plano tinha ido por água abaixo, agora estávamos mortos. Minha única reação foi fechar os olhos, ou talvez eu pudesse tentar me jogar para o lado. Eu estava perdida entre as opções. Morrer, ou adiar a minha morte por uns segundos.

Os animais ferozes não perdoariam a displicência dos semideuses. Os três prisioneiros tentaram se defender com o que podiam - pedras ou pedaços de madeira -, mas logo caíriam mediante aquele ataque.
Megan, que ficou para e indecisa, foi atacada por um dele, que pulou em seu pescoço e cravou os dentes. Com o peso do lobo, ela caiu para trás. Sua camisa estava encharcada de sangue, mas ela ainda não estava morta.

Uma dor sucumbiu por todo meu corpo. Caí de costas, e o ar fugiu de meus pulmões. Senti galhos secos ficarem presos em meus cabelos e o pior, senti as presas do lobo em meu pescoço. Naquele momento, pensei em clamar pela morte, mas não podia morrer daquele jeito. Eu não iria morrer daquele jeito.
Reuni todas as forças, tentando concentrar minhas esperanças em um único ataque. Então tentei invocar um raio.
"Espero que ambrosia chova hoje", esse foi meu único pensamento, caso aquele ataque fosse bem sucedido e eu saísse viva.

O raio que Megan invocou foi mais poderoso do que ela imaginava, talvez em função da adrenalina do momento. O lobo se desintegrou e os dois outros recuaram hesitantes.
- Se eles não os matarem, eu os matarei.
Pênia abriu os braços e Megan sentiu novamente aquela sensação de tristeza e injustiça, um torpor crescente que lhe dava vontade de sentar e chorar. Conseguiria ela lutar contra a deusa?

Não pensei que iria morrer tão cedo. Eu esperava que aquilo me matasse por dentro, mas Pênia gostaria de nos ver sofrer antes de Thanatos ceifar nossas vidas. Eu poderia ganhar dela de alguma maneira? Como se vence a pobreza?
Sentia minhas pernas ficando moles, mas tentei reunir forças para me manter de pé e encarar aquela deusa.
Enquanto tentava me manter firme, pensei: "Queria que Atena estivesse aqui", então voltei minha mente para Pênia.

O primeiro ataque foi terrivelmente doloroso.
Megan foi projetada para trás por uma força invisível e caiu metros mais longe, o corpo em uma samambaia. A onda que a atingira era triste e dolorosa, algo que ela nunca tinha ouvido falar. Talvez os poderes da deusa da pobreza fossem apenas psíquicos.
Então ela percebeu que, ao seu lado, havia uma mochila. A mochila do jovem loiro, com suas armas e, pelo visto, a dos outro semideuses.

O ar fugiu de meus pulmões. Minha visão ficou embaçada e eu só via poucas coisas. Deparei-me com a mochila do sujeito loiro ao meu lado, tentei me por de joelhos, então tentei esticar mu braço, para alcançar a mochila e pegar minhas armas, caso estivessem ali dentro.

Megan pegou suas armas. Mas antes que pudesse se virar, outra onda de poder a atingiu, fazendo-a bater em uma árvore e cair de barriga. Pelo menos agora estava armada.

Peguei minha espada e meu escudo, Aegis. Ativei o escudo, que cresceu até virar um enorme escudo de bronze, com a cabeça da Medusa banhada em bronze.
Estava na hora de enfrentar Pênia, então tentei me levantar para enfrentar aquela deusa.

A deusa surgiu na sua frente. Ela flutuava a alguns centímetros no chão e mantinha os braços abertos em forma de cruz, com as palmas viradas para cima. Em seu rosto havia um sorriso triste e ao mesmo tempo maligno.
- E então, Megan? Ainda acha que pode me deter? Eu, a personificação da pobreza? Pois saiba que, apesar de todas as boas ações e ONGs no mundo, ninguém nunca venceu a pobreza. Muito pelo contrário, ela só vem aumentando em prol da ganância e riquezas de outrem.
A deusa bufou.
- Vamos, mostre-me do que é capaz.


OFF:

Vamos lá, por enquanto seus posts são inúteis. Mostre-me criatividade e estratégia de batalha.

OFF: Desculpe, outra vez.

ON: A deusa flutuava tão próxima que cheguei a acreditar que se desferi-se um golpe com a espada, poderia pulverizá-la. O que vence a pobreza? A justiça? Não, Atena não está aqui. Então, o melhor que pude pensar foi em deixar os três semideuses livres de Pênia.
-Antes de me matar! -pigarreei, chamando a atenção da deusa. -Saiba que.. eu não temo você! -sempre que ia falando, ia fazendo gestos com a cabeça, tentando fazer com que meus companheiros entendessem. "Corram, rápido!". Talvez fosse inútil, mas poderia funcionar.
Sem fazer nenhum movimento ameaçador, fui levando a mão até Aegis -que ainda estava em sua forma de bracelete-, talvez o escudo com a cabeça da Górgona pudesse assustar a deusa, distraindo-a para que eu pudesse acertar-lhe com um raio.

Pênia bufou ao ouvir as palavras de Megan. No entanto, esta última estava inundada por uma coragem súbita e ela não deixaria aquela deusa vencer tão facilmente. O escudo Aegis se abriu, mas aquilo não teve efeito algum.
- Conheci a Medusa - comentou a deusa. - Pessoa charmosa. Mas não é nada assustadora comparada às tragédias que ocorrem por causa da pobreza no mundo.
Então, no momento certo, seu raio a atingiu na cabeça, fazendo-a cair no chão e quase perder o equilíbrio. O ataque pareceu enervá-la mais do que machucá-la.
- Sua insolente.
Então ela voltou a flutuar e a se aproximar de Megan. Agora uma aura transparente girava ao seu redor.
Metros atrás, o semideuses teimosos estavam armados. Eles não a deixariam lutar sozinha.

"Deusa chata", pensei. Aquele momento ficaria registrado. Talvez eu acabasse nos Campos Elíseos, então vi os três outros semideuses armados.
-Pênia... Calma! -falei. Tentei enrolar a deusa, para fazer com que os três semideuses se aproximassem. Talvez o filho de Dionísio pudesse envolver Pênia com vinhas, a filha de Hécate poderia fortificar as vinhas e o filho de Apolo... Bom, ele poderia pegar todas as outras armas.
Meu pescoço ardia, tentei fazer pressão no ferimento antes para fazer parar de sangrar, mas sem sucesso. Lembrei-me de um presente que ganhei de uma amiga no Acampamento. Uma da cura. Uma gota e eu ficaria curada de qualquer coisa. Talvez pudesse curar eles também.
Pensei em distrair Pênia, dando-lhe um golpe de surpresa, e depois, talvez pudesse gritar o plano para os semideuses. Então, pensei: "Se eu morrer, morro lutando, espero que meu plano funcione."
Então, tentei acertar Pênia com Aegis.

Os semideuses se aproximaram lentamente e a deusa não percebeu sua aproximação; ela estava concentrada em Megan.
- Já matei dezenas de semideuses como você. Insolentes, que pensam poder me deter por ser uma deusa menor. Mas, ninguém nunca venceu a pobreza. Eu sempre estive aqui, mesmo quando os titãs gorvernavam o mundo, porque não importa quem reine, sempre haverá pobreza.
Megan tentou um ataque direto com seu escudo mas assim que atingiu a aura que envolvia Pênia, foi projetada para trás e caiu. Se ataque, todavia, serviu de distração. Clarisse conseguiu anular o escudo protetor da deusa e ao mesmo tempo, Bob prendeu seus pés com vinhas e Apolo acertou-lhe uma flecha no ombro. A deusa rugiu de raiva.

Sorri ao ver Pênia daquele jeito. Era minha chance, podia desferir um golpe ou fulminá-la com raios. Perfeito, Pênia iria cair.
Então tentei me concentrar, eu atingiria ela com raios sem parar.

Megan atacou a deusa com muitos raios enquanto o filho de Apolo continuava mandando uma salva de flechas e fazendo sair o ícor amarelo dela. Em algum tempo, ela se desfez em pó.
- Eu voltarei e me vingarei - disse antes de morrer.
Megan pôde sair da floresta com os três semideuses. Logo mandou uma mensagem de Íris a Quíron e ele providenciou passagens para Nova Iorque. Em pouco tempo todos estariam de volta a sua rotina no Acampamento Meio-Sangue.

Recompensa:

100 dracmas
100 dólares
1 x Talismã dos Lobos (invoca três lobos selvagens que seguem suas ordens)
100 experiência